Artigo de Opinião: diretor de Serviços da Federação Varejista do Rio Grande do Sul, Gilberto Kasper
A carga tributária brasileira passou de 31,77% do produto interno bruto (PIB) em 2020 para 33,90% em 2021. O patamar é considerado o mais elevado da série histórica iniciada em 2010. Os dados são do Tesouro Nacional. Esse é o preço de quem decide investir, gerar emprego e promover desenvolvimento. Mas não é só isso. Não bastasse essa dura realidade para qualquer empresário, lidamos com uma complexa estrutura tributária e altamente burocrática.
Existem, hoje, centenas de formas diferentes de tributação e que tornam onerosa e injusta a vida de quem é empreendedor. Para quem tem um ecommerce, por exemplo, ao vender para uma pessoa física em São Paulo, tem uma tributação, se for para um CNPJ, já é diferente. Se o produto é comprado em Santa Catarina, a tributação é uma. Se a compra é feita de um fornecedor em São Paulo ou Minas Gerais, as regras são outras. Isso tudo leva a uma empresa que, até mesmo de pequeno ou médio porte tenha que contar com especialistas sob risco de não alcancerem resultados que os mantenham ativos.
Hoje, a pequena empresa tem dificuldade de crescer porque se ela expande seus negócios passa a ter todos os custos de uma grande corporação porém com uma receita infinitamente menor. Para estar legalizado dentro de normas ambientais há uma série de exigências que são necessárias e corretas, porém trazem custos muito elevados para quem é micro ou pequeno empreendedor. A clássica visão de que é preciso tratar empresas de portes diferentes de maneira diferente, há muito tempo não vem sendo cumprida.
Como entidade representativa do movimento lojista, temos essa como uma de nossas bandeiras. Queremos ver as grandes empresas fortes, mas sem que se deixe de olhar com atenção para os micro, pequenos e médios empreendedores que são aqueles que no país mais geram emprego.
Artigo de Opinião: diretor de Serviços da Federação Varejista do Rio Grande do Sul, Gilberto Kasper
