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Comércio caxiense sente impacto das fortes chuvas e registra queda 5,45% nas vendas em maio

Mesmo com o Dia das Mães, segunda data mais importante do ano para os lojistas, índice foi negativo. Em comparação com o mesmo período de 2023, houve aumento de 2,97% e saldo positivo em 2024 de 1,35%. Emprego formal manteve-se estável com alta de 3,7% em relação ao ano passado

O volume de vendas do comércio caxiense registrou queda de 5,45% em maio na comparação com abril. O principal motivo apontado para o resultado foi a maior tragédia climática que também atingiu Caxias do Sul. No entanto, no confronto com o mesmo período de 2023, houve crescimento de 2,97% e variação positiva de 1,35% no acumulado de 2024.

Nos últimos 12 meses, as operações no varejo tiveram queda de 1,62%. Em um cenário delicado, a boa notícia fica por conta da estabilidade do emprego formal, com 169.207, leve acréscimo de 3,7% frente a maio de 2023, quando eram 163.216.

    As informações do desempenho do comércio são do Termômetro de Vendas da CDL Caxias, e foram divulgadas em coletiva de imprensa na manhã desta quinta-feira (4), na Câmara de Indústria, Comércio e
    Serviços de Caxias do Sul (CIC).

    O ramo duro apresentou queda de -4,72%, entre maio e abril. Os segmentos diretamente ligados aos eventos climáticos demonstraram incremento: materiais de construção (31,87%), materiais elétricos (10,86%) e eletrodomésticos, móveis e bazar (3,75%). No sentido contrário, outros setores sentiram o impacto com a diminuição nas vendas, como automóveis, caminhões e autopeças novos (-10,57%); óticas,
    joalherias e relojoarias (-4,03%); implementos agrícolas (-3,67%); e informática e telefonia (-2,30%).

    No ramo mole, a variação em maio também foi de redução de -7,53%, contra 1,89% do mês anterior. Todos segmentos tiveram desempenho negativo: farmácias (-13,5%); livraria, papelaria e brinquedos
    (-10,96%); vestuário, calçados e tecidos (-5,64%) e produtos químicos (-1,15%).

    Inadimplência

    A decisão do SPC Brasil para a suspensão temporária por 60 dias, a partir de 1º de maio, para a negativação de dívidas aos consumidores residentes no Rio Grande do Sul é a explicação para a redução
    significativa da inadimplência em maio. Com isso, o número de inadimplentes caiu -6,16% na equiparação com abril de 2024 e encolhimento de -11,73% comparado ao mesmo período de 2023.

    O volume de inclusões de débitos reduziu -50,45% na equiparação entre os meses de maio e abril de 2024, e retração de -59,82% contra igual período do ano passado. As exclusões apontaram elevação em
    relação ao mês anterior, de 27,97%, enquanto na comparação com o mesmo período de 2023 houve aumento de 53,63%.

    O estoque de dívidas em maio apresentou queda na série, com taxa -0,95% contra 1,49% do mês anterior. Em 2024, o índice é positivo de 1,89% e em doze meses o crescimento é de 11,85%.

    Para Mosar Leandro Ness, assessor de Economia e Estatística da CDL Caxias do Sul, maio foi atípico e marcado pelas fortes chuvas e tragédias climáticas na cidade e no estado, o que acabou por refletir
    no resultado das vendas do comércio. Para o economista, a manutenção do emprego formal foi um ponto muito positivo.

    “Os ramos que tiveram aumento nas vendas estão relacionados aos eventos climáticos, como materiais de construção e material elétrico, que tiveram melhor resultado, por conta dos estragos nas cidades, e das doações para as demais cidades atingidas, assim como os ramos de eletrodomésticos, móveis e bazar”, concluiu.

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