O mês de abril registrou queda no volume de gaúchos devedores. É o que aponta o relatório da Federação Varejista do RS, a partir de dados do SPC Brasil. Conforme o levantamento, houve redução de 1,65% nos registros de inadimplentes no Estado em relação a abril de 2023. Quando a comparação é feita com o mês anterior, em março, também houve diminuição no número de registros, de 1,55%. Os dados apontam que o Rio Grande do Sul, até o mês passado, apontava para uma tendência mais positiva em relação à Região Sul e ao Brasil. Nos outros dois recortes, houve pequena elevação de inadimplentes, tanto no comparativo de um ano atrás quanto no do mês passado.
Em mais de 75% dos casos de dívidas registradas pelo SPC Brasil no Rio Grande do Sul, os valores devidos não ultrapassaram R$ 1 mil, e em 15,62% dos casos, as dívidas ultrapassam R$ 7,5 mil. No entanto, a média de atraso do gaúcho ultrapassa um ano, chegando a 26,1 meses. Mesmo com uma redução de 1% no número de dívidas acumuladas por cada consumidor gaúcho nos últimos 12 meses, o Estado ainda registra uma média de 2,1 dívidas em atraso para cada inadimplente, volume superior à média nacional, de 2,09. As dívidas com bancos (62,6%) são as mais recorrentes.
Estes apontamentos refletem-se nos índices de recuperação de crédito. Enquanto o Rio Grande do Sul apresentou um crescimento de 1,29% no volume de consumidores que quitaram suas dívidas e recuperaram o crédito em relação a abril do ano passado, as médias da Região Sul (3,34%) e do Brasil (1,99%) foram superiores. Quem mais recuperou o crédito no Rio Grande do Sul neste período foram os consumidores entre 50 e 64 anos (26,49%), com um tempo médio de 10,4 meses para a quitação.
Por outro lado, são os consumidores entre 30 e 39 anos (23,18%) que mais tiveram registros de dívidas no SPC Brasil nos últimos 12 meses. O consumidor negativado apresenta uma dívida média de R$ 4.459,51. Em 86,6% dos casos de inadimplentes, são considerados reincidentes _ 60,24% ainda não haviam quitado dívidas já registradas um ano atrás e 26,37% saíram dos registros e voltaram nos últimos 12 meses. Ainda assim, o Estado teve redução de 9,73% no volume de reincidentes.