Dados compartilhados pela Federação Varejista do RS indicam que 66% dos brasileiros pretendem comprar na data
O preço é o principal fator que leva o consumidor a comprar na Black Friday, mas a confiança, seja nos meios digitais ou em lojas físicas, ainda é preponderante para a tomada de decisão. É o que aponta a pesquisa Wake, em parceria com a Opinion Box, que traçou um perfil do consumidor brasileiro em relação à já tradicional data de compras no calendário do varejo. Os dados, compartilhados pela Federação Varejista do RS, trazem um retrato nacional, cenário que deve ser muito similar também no Estado, de acordo com a avaliação da entidade.
Conforme o levantamento, 66% dos brasileiros pretendem comprar nesta Black Friday, e outros 23% ainda estão indecisos. Neste ano, a projeção em todo o país é garantir incremento de 10% no ticket médio de consumo do brasileiro na data promocional, marcada para o dia 29 de novembro. “A Black Friday é uma grande oportunidade para o varejo gaúcho obter resultado, ainda mais neste cenário de retomada que o Rio Grande do Sul atravessa. Muitos consumidores ainda precisam repor bens perdidos com as enchentes, então itens como televisores, sofás e eletrodomésticos em geral devem alcançar boas vendas, assim como os eletrônicos. Quem realmente se prepara para a data e mantém promoções relevantes, encontra uma janela para reforçar as vendas nessa temporada entre o Dia da Criança e o Natal, inclusive antecipando algumas compras para essa grande data”, diz o presidente da entidade, Ivonei Pioner.
A confiabilidade e a iniciativa do varejo fazem a diferença, por exemplo, no momento de convencer este consumidor indeciso. Para 42,2% deles, a compra acontecerá se surgir uma oferta muito interessante. Em outros 19,8% dos casos, porém, falta confiança para concretizar uma compra neste período. Apontam que os valores dos produtos aumentam pouco antes da promoção, que as promoções são as mesmas de antes da Black Friday e que as promoções não são atraentes o suficiente.
A confiança é elemento fundamental também no momento de decidir voltar a comprar na Black Friday. Seja na compra, na entrega ou na reputação da loja ou da marca. Ainda assim, os melhores preços determinam a compra em quase 50% dos casos.
E aí, o varejista precisa priorizar os meios eletrônicos, mas não pode descuidar da sua vitrine como forma de atrair o consumidor da Black Friday. A pesquisa aponta que na maioria dos casos, as pesquisas por produtos acontecem preferencialmente em marketplaces, sites de busca ou de marcas. No entanto, 31,4% dos consumidores ouvidos pela pesquisa utilizam as lojas físicas para pesquisar antes da Black Friday. Estatística semelhante é observada no momento da compra. Se os sites das das marcas ou lojas garantem 58% das vendas e os marketplaces quase metade delas, em 30% dos casos, os consumidores estão dispostos a consumir nas lojas físicas.
O varejo também estará atento ao perfil das compras na Black Friday. Diferente de outras datas comerciais, nesta, o consumidor opta por presentear a si mesmo, portanto, a qualidade, funcionalidade e utilidade são fatores preponderantes. Produtos eletrônicos e de informática estão no topo da lista das compras, seguidos por eletrodomésticos, moda e acessórios.
Esta não é uma compra por impulso, como demonstra o levantamento. Em 66,4% dos casos, o comprador prepara as suas finanças para a Black Friday e em 70% dos casos, começa a pesquisar os produtos mais de um mês antes da promoção. Para 40% destes consumidores, alertas eletrônicos de promoções por e-mail são bem-vindos. O resultado é um dos maiores tickets médios de consumo do calendário anual do varejo, acima dos R$ 1,3 mil. Entre os consumidores ouvidos, 41,6% apontam que vão gastar mais de R$ 500 nesta Black Friday, com um perfil bem característico. Mesmo que em 38,3% dos casos a compra no cartão de crédito seja a prioridade neste período, em 71,2% dos casos a intenção é comprar à vista _ seja por pix, débito, dinheiro físico ou transferência.
Justamente por este perfil de compras, só 20% dos consumidores pretendem adiantar na Black Friday as compras de Natal. Há também terreno fértil para o varejo ampliar a cultura da Cyber Monday. A data internacionalmente tradicional no pós-Black Friday, que serve como uma repescagem das promoções. Conforme a pesquisa, somente 35% dos ouvidos conheciam a data.